Como trabalhar e cuidar da autoestima das crianças?
Você já pensou sobre como trabalhar e cuidar da autoestima das crianças? A autoestima está relacionada com a forma que cada indivíduo se vê e, com isso, de que forma ele acredita em si mesmo e em suas potencialidades. Ela começa a ser desenvolvida na infância, que é um período de mudanças significativas e aprendizados essenciais, e tem reflexos na adolescência e na vida adulta.
Para que as crianças cresçam confiantes de si, é importante que seus processos de aprendizado, sejam eles sobre a vida ou acadêmicos, sejam acolhidos e respeitados. Guiados com cuidado, compreensão, amor e carinho. Por isso, é preciso que os adultos responsáveis tenham consciência de que sua postura com a criança irá refletir na sua autoestima.
Neste artigo, falaremos sobre como trabalhar e cuidar da autoestima das crianças no ambiente escolar e no ambiente familiar e sobre como uma boa autoestima na infância auxilia nas conquistas e desafios da vida adulta.
Quais sentimentos se relacionam com a autoestima?
Como dito anteriormente, a autoestima está relacionada com a forma que cada indivíduo se vê, por isso, podemos considerar os sentimentos que se relacionam com a autoestima:
- confiança;
- segurança;
- autoconhecimento;
- auto perdão;
- persistência e
- autenticidade.
O autoconhecimento é um movimento que acontece quando paramos para olhar para dentro com calma, sem a correria do dia a dia ou dando uma pausa em uma rotina automática. Desde cedo, é possível conversar com as crianças sobre o autoconhecimento, porque apesar de serem seres em constante mudança, as crianças são seres completos e, por isso, já é possível olhar para dentro de si e reconhecer as dificuldades, as qualidades, os limites…
Falando em limites, pode-se dizer que o conhecimento sobre os sentimentos que existem ajudam a compreender o que deixa a criança triste, feliz, com raiva, com medo… E é por meio desse conhecimento que se pode estabelecer limites.
A importância da autenticidade anda junto com o respeito às diferenças. É preciso trabalhar com as crianças, desde os anos iniciais, a existência da diferença nas diversas formas em que ela se apresenta na vida: diferenças culturais, diferenças de aparência, de gostos, de etnias, de classe social e por aí vai.
Quando a criança começa a compreender as diferenças e entende a beleza da diversidade, ela também entende que se comparar ou competir com os colegas é bobagem, pois cada um tem sua história, suas dificuldades, suas características, suas preferências e é exatamente isso que os faz seres únicos e insubstituíveis.
Quando a criança entende a beleza de ser autêntico, nenhuma comparação afetará sua autoestima.
O auto perdão é essencial para que a criança entenda que ninguém é perfeito. Que ao longo de toda a vida as pessoas arriscam, tentam, erram, tentam de novo, acertam e que esses movimentos são os mais humanos possíveis. Porque a perfeição só existe no mundo das ideias.
Os erros vão acontecer no âmbito acadêmico, esportivo, das relações pessoais… E tudo bem. Ninguém nasce sabendo tudo, a vida é um grande aprendizado e a primeira pessoa que precisa se perdoar para seguir em frente, para tentar de novo, é a própria pessoa. A persistência entra aí, junto com o saber se perdoar e não se cobrar tanto. É a persistência que cria o ânimo para tentar de novo!
Todos esses sentimentos, quando bem trabalhados, resultam numa maior confiança e segurança para ser quem se é, para agir da melhor forma que se pode agir no momento presente e para tentar, sabendo o risco de errar. Trabalhando todos esses pontos importantes, a criança vai construindo, aos poucos e com os adultos à sua volta, uma ótima autoestima.
Entender que cada ser é único e cada um tem seus desafios e potencialidades, ajuda as crianças a se aceitarem como são e aceitar os próximos como eles são também.
Quando esses sentimentos não são trabalhados desde a infância, a criança pode se tornar um adolescente ou um adulto:
- inseguro;
- que pratica demais a auto cobrança;
- que não se permite errar;
- que não sabe perdoar a si mesmo nem o próximo
- que deixa de tentar por medo de errar;
- introspectivo;
- que se compara o tempo inteiro;
- que esquece totalmente suas qualidades;
- que não se sente único e especial.
Qual é o papel das famílias no desenvolvimento da autoconfiança das crianças?
É muito importante que os familiares respeitem os sentimentos infantis. Quem nunca viu um adulto mandando a criança “engolir o choro e desfazer o bico”? Quem nunca ouviu na infância: “você TEM QUE cumprimentar as pessoas” ou “só vai levantar depois de comer tudo”?
Quando, na verdade, é preciso compreender que as crianças, principalmente as menores – que ainda estão aprendendo usar a comunicação verbal para expressar seus sentimentos – vão expressar da forma que elas sabem e, se não estão confortáveis, provavelmente vão chorar ou cruzar os braços, por exemplo.
Não se deve definir os sentimentos como “bons ou ruins”, eles existem e precisam ser acolhidos, trabalhados e espera-se que o adulto da relação saiba conduzir esses momentos com paciência, respeito e compreensão.
É importante também não colocar as crianças em caixinhas, incentivando o uso de rótulos ou comparações. Comparar a criança com seus amigos, primos ou irmãos não vai fortalecer sua autoestima ou incentivar a criança a trabalhar suas potencialidades, pelo contrário.
Como abordar o assunto sobre autoestima no ambiente escolar?
Uma forma efetiva de abordar diversos temas em sala de aula é fazendo uma roda de leitura coletiva! É um momento que trabalha a coletividade, a escuta ativa, o diálogo e tem bons resultados com crianças de diversas idades.
Por isso, separamos alguns livros que falam sobre autoestima, autoconfiança, amor-próprio, respeito às diferenças, sentimentos e autenticidade:
- O Urso Rabugento – Nick Bland
- Gosto de ser Como sou – Christine Adams
- Autoestima de A a Z – Iara Mastine4. A Joaninha que Perdeu as Pintinhas: Reflexões Sobre Autoestima – Renata Martins
- Com qual penteado eu vou? – Kiusam de Oliveira
- A Girafa que Queria ter Listras – Diana Lopes Cardoso
- O incrível livro do Gildo – Silvana Rando
- O Dinossauro Sem Talento: confiança, habilidade, educação. – Hugo Fabrício de Medeiros
- O Menino que Tinha Medo de Errar – Andrea Viviana Taubman e Camila Carrossine
Já imaginou ter um Projeto Pedagógico pronto que desenvolve a leitura e a escrita e, ao mesmo tempo, trabalha a autoestima infantil?
O Programa SuperAutor é um projeto pedagógico pronto que vai trabalhar o letramento e a alfabetização através da escrita criativa e das ilustrações! Seus alunos vão se tornar autores do próprio livro através de atividades que auxiliam no desenvolvimento da imaginação, criatividade, autonomia, autorrealização, autoconfiança e autoestima.
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Muito interessante o que me foi apresentado ,na prática seria fácil assim aplicar e obter resultados? Hoje na educação estamos enfrentando problemas seríssimos ,principalmente nas escolas públicas.Gistaria do parecer de vcs já que a experiência vwue vcs tem através dos resultados deram as respostas para as minhas dúvidas.obrigsda
Gostei muito Amei vcs estão especiais
Bom dia!
Somos uma instituição que atende muitas crianças de 03 meses a 03 anos e 11 meses. Me interessa muito trabalhar esses temas com as crianças desde sua primeira infância. Gostaria de conhecer, melhor o projeto.
Se posssível alguém que o apresente em nossa instituição ou pelo cana mais fácil de acesso.
Espero estar aplicando na prática e obter resultados positivos.
Amei a ideia deste Projeto, ansiosa por ver o resultado. Auto estima e novos produtores , que precisamos incentivar, uma vez, que presenciamos um mundo, conturbado por altas crises emocionais e outros fatores negativos, com certeza, criaremos um olhar diferente para este mundo. Que venham os Superautores!
Sou professora e mãe de aluno do Cemei Augusta . Estou ansiosa para trabalhar e curiosa para ver as produções dos alunos.
Espero está aplicando na prática e obter resultados possitivos