O ano de 2020 se iniciou em meio a uma crise da saúde que afetou a todos. Não teve jeito, quem ainda não tinha ouvido falar sobre o coronavírus, certamente ouviu sobre isso nos noticiários e nas rodas de conversa nas últimas semanas. O problema é alarmante e dividiu a população mundial em pessoas que entraram num estado de pânico e temor e aquelas outras que permaneceram subestimando os riscos deste vírus.
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O coronavírus é oficialmente conhecido como COVID-19, que é uma sigla em inglês para “coronavirus disease 2019”. Apesar de parecer uma simples gripe, este vírus causa doença respiratória e representa graves riscos à pessoas que já possuem outras doenças. Mas não é de hoje que este vírus vêm se espalhando. Em dezembro de 2019 o coronavírus se manifestou na China, devido ao contato de pessoas com alguns animais.
A transmissão costuma acontecer pelo ar ou por contato pessoal com secreções de pessoas infectadas, ou seja, quando estamos expostos à:
- Espirro
- Tosse
- Catarro
- Gotículas de saliva
- Contato próximo com pessoas
- Contato com objetos ou superfícies contaminadas
Os sintomas são semelhantes à uma gripe comum e, por isso, são ainda mais preocupantes. Isso porque muitas pessoas não se sentem impossibilitadas de fazer suas atividades rotineiras quando estão contaminadas e isso gera um aumento na transmissão e disseminação do vírus. Pessoas infectadas pelo coronavírus apresentam dificuldade para respirar, tosse e febre alta.
Escolas, cursos, e muitos escritórios foram fechados neste período crítico e, o ministério da saúde recomendou o isolamento como uma forma de diminuir a disseminação desta doença. Em meio a este cenário incomum, crianças e jovens retornaram a suas casas e tiveram seus períodos letivos interrompidos bruscamente. Assim, o desafio dos responsáveis e dos educadores foi conscientizá-los sobre o tema sem amedrontá-los.
Pensando em ajudar nesta missão desafiadora, separamos algumas dicas para que você converse com seus alunos ou com seus filhos sobre o coronavírus de forma leve, consciente e eficaz!
1- Explique para a criança o que é uma pandemia
Neste período, não se fala em outra coisa e as crianças estão sempre expostas às informações que chegam até suas casas. Quando ligamos a televisão as notícias sobre o vírus não param e muitas vezes, o vocabulário usado nas reportagens pode deixar as crianças confusas. Elas estão constantemente ouvindo sobre a pandemia que está preocupando o mundo inteiro, mas será que elas entendem o que isso significa?
De acordo com a organização mundial da saúde, uma pandemia acontece quando uma nova doença se dissemina mundialmente de pessoa pra pessoa. Apesar de ser um termo parecido com alguns outros que estamos acostumados a usar, as diferenças são muito claras.
Por isso, ensine a sua criança estas diferenças e, assim, ela terá uma maior repertório para entender estes momentos de crise:
- Epidemia: é o aumento considerável do número de casos de determinada doença em diversas regiões no mesmo país.
- Endemia: a questão não é quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica quando acontece com muita frequência apenas em um local específico – não atingindo outras comunidades. Existem as chamadas áreas endêmicas: no caso do Brasil, por exemplo, é possível citar a febre amarela na Amazônia.
- Pandemia: em uma escala de gravidade é o caso mais delicado. Ela se caracteriza por uma epidemia que se espalha por diversas regiões do planeta.
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2- Converse sobre fake news
As fake news são armas muito poderosas que contribuem para o não avanço das medidas de segurança contra o vírus. Assim como em qualquer situação, elas tem se espalhado rapidamente e causado desinformação, medo desnecessário ou despreocupação descabida, incentivado crimes de ódios entre outros malefícios à sociedade como um todo. As fake news são sempre um desserviço à população e um risco enorme para todos.
Por isso, é importantíssimo falar sobre isso com as crianças, até porque elas já nasceram numa era que é imersa na onda das notícias falsas e, quanto antes conscientizarmos as crianças sobre isso, melhor. Sendo assim, os pais, responsáveis e educadores devem conversar abertamente e procurar saber como as crianças tem entendido o assunto mais comentado do momento, a fim de saber suas dúvidas e confusões neste momento.
Então, é essencial que neste momento você:
- Analise as notícias e avalie as fontes
- Pesquise junto com a criança
- Confirme em sites confiáveis
- Fique atento à data de publicação
- Não leia só o título
Para combater as fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde criou um canal de comunicação com a população via whatsapp. O projeto chamado “saúde sem fake news” foi organizado pela equipe multimídia da Pasta e as notícias apuradas são disponibilizadas no portal saúde.gov.br/fakenews.
3- Deixe claro que não estamos de férias
Neste momento, muitas pessoas estão tratando a quarentena como uma oportunidade para tirar férias, passear e promover reuniões com os amigos e familiares. É muito difícil para uma criança entender que estar em casa não significa estar de férias. Por isso, tente manter uma rotina de estudos com seu filho, pois isso o ajudará a entender que o afastamento da escola foi exclusivamente pensado para proteger a saúde dela.
Para isso, você pode:
- Usar vídeo aulas para ensinar em casa
- Aproveitar as lives com professores online
- Refazer algumas tarefas escolares com seu filho
- Revisar o conteúdo que ele aprendeu nas últimas semanas
- Buscar atividades online para que ele aprenda coisas novas
4- Busque formas lúdicas para falar sobre prevenção
A ludicidade é a chave para que a criança não se apavore com as notícias sobre a pandemia. Quanto mais informação você passar para ela de forma leve, mais ela estará preparada e consciente. Muitos materiais estão sendo criados para isso, como vídeos, músicas, histórias animadas e contos.
Então descubra a melhor forma de interagir com sua criança e falar sobre:
- Prevenção
- Transmissão
- Cuidados
- Riscos
- Sintomas
Neste vídeo, por exemplo, o assunto é passado de forma muito leve, por meio de uma canção infantil que fica marcada na memória das crianças.
O mais importante neste momento é transmitir confiança para a criança. Ela precisa ser alertada e entender sobre os riscos, mas principalmente, precisa sentir segurança nas medidas protetivas que estão sendo tomadas. Assim, a comunicação será muito eficaz e produzirá bons resultados, sem confundir ainda mais a criança.
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