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17 de janeiro - 2020

Autonomia da criança: 5 passos para estimular na sua escola

A autonomia da criança é fundamental para sua formação como cidadão. É por meio dela que a criança se desenvolve e aprende a ter a independência necessária para, quando chegar a vida adulta, tomar suas próprias decisões, viver em sociedade e exercer uma plena cidadania. É natural de toda criança a vontade de aprender, explorar e criar. Por isso, o desejo de ser autônomo já nasce com cada uma delas e, ao longo da vida, a sociedade inibe esta vontade e as torna dependentes. 

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No entanto, deixar que as crianças tenham as próprias experiências é uma tarefa desafiadora para os educadores e principalmente para os pais. Mas ainda que seja difícil abrir mão do controle e da superproteção, os adultos ao redor da criança podem iniciar este processo com pequenas ações e ajudá-la a descobrir seu potencial. 

Ações diárias que ajudam no desenvolvimento da autonomia da criança:

  • Levar a louça até a pia após as refeições
  • Arrumar a própria cama e quarto
  • Realizar a rotina de higiene sozinho
  • Escolher a roupa que vai vestir

Porque estimular a autonomia da criança? 

O estímulo da autonomia deve começar desde muito cedo. Quanto antes a criança aprender a solucionar os desafios que a cercam, melhor. Além de ser algo que colabora no desenvolvimento de sua cidadania, a autonomia da criança gera uma série de benefícios que vão além de sua função social. 

A capacidade de pensar por conta própria e tomar decisões, de realizar atividades do dia a dia e de ser independente fisicamente são benefícios ligados ao desenvolvimento da autonomia. 

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Benefícios do estímulo ao desenvolvimento da autonomia da criança: 

  • Desenvolvimento cognitivo acelerado
  • Habilidade social
  • Psicomotricidade
  • Inteligência emocional
  • Autoconfiança
  • Autoestima
  • Persistência

Tudo isso colabora para um crescimento saudável e cada vez mais eficiente da criança. 

Qual é o papel da escola e dos pais no desenvolvimento da autonomia da criança? 

O ambiente familiar é a primeira ideia de sociedade que uma criança tem assim que nasce. É com os pais que ela começa a se desenvolver e a tentar dar os primeiros passos do que seria uma vida mais independente rumo à escola. Esse estímulo da autonomia em casa ajudará a criança a se adaptar mais rapidamente quando ingressar na escola. Mas essa jornada não se finaliza no ambiente escolar.

os desafios são ainda maiores e os educadores precisam estar atentos à cada criança, ao tempo de cada uma e a quais ferramentas e ações são necessárias para oferecer as condições necessárias para um bom desenvolvimento infantil. 

Por isso, estes dois ambientes precisam estar alinhados e trabalhando de forma conjunta para que a criança tenha sucesso em seu desenvolvimento autônomo. Neste sentido, os adultos precisam:

  • Criar um ambiente favorável ao desenvolvimento da autonomia
  • Realizar as atividades no tempo adequado para cada aluno
  • Proporcionar liberdade de expressão e de escolhas
  • Trocar ideias e informações sobre o processo de desenvolvimento em cada um dos ambientes

É evidente que dar autonomia a criança não está relacionado com desleixo ou abandono. A presença do adulto é importantíssima em cada uma das etapas de independência que a criança traça. Neste caso, o adulto passa a ser não só um bom observador, mas um ponto de confiança para a criança. 

Como aplicar a pedagogia da autonomia no seu plano de aula?

Para ajudar a escola e os pais a proporcionarem um ambiente propício ao desenvolvimento da autonomia da criança, separamos 5 passos para que você consiga estimular esta habilidade de forma eficiênte!

1- Use brincadeiras

As brincadeiras são ótimas para ensinar. É por meio delas que as crianças mais aprendem e, por isso, elas são muito eficientes para estimular o desenvolvimento da autonomia infantil. Você pode criar uma brincadeira com um intuito específico ou aproveitar brincadeiras que já fazem parte do cotidiano das crianças. O importante é usá-las para de alguma forma impulsionar que as crianças façam algo sozinhas. 

Brincadeiras como quebra cabeça, pique esconde, caça palavras, amarelinha, entre outras, te ajudarão a desenvolver o raciocínio lógico, senso crítico, atenção difusa, atenção direcionada, desenvolvimento motor e corporal, equilíbrio e atenção, por exemplo.

2- Possibilite a tomada de iniciativa e participação

A maioria das crianças adora ajudar os adultos em atividades do dia a dia. Isso faz com que elas se sintam capazes e maiores do que realmente são, fazem com que elas se sintam “gente grande”. Por isso, crie situações para que as crianças tenham oportunidades de ajudar no que for possível. Assim, elas se sentirão parte de um todo, terão suas autoestimas elevadas e seu senso de capacidade impulsionado

Além disso, possibilitar a participação da criança nas atividades diárias gera:

  • Responsabilidade
  • Senso coletivo
  • Proatividade
  • Empatia

3- Deixe que elas façam escolhas

É muito difícil abrir mão do controle e entender que o poder de escolha, quando aplicado de forma certa, não é prejudicial às crianças. A dica é aplicar esta autonomia de forma gradual, para que as crianças se habituem com isso naturalmente. Assim, elas terão confiança e não se sentirão com medo de tomar suas próprias escolhas, afinal, não será um salto tão alto de uma só vez e, sim, pequenos passos que resultarão em grandes saltos futuros. 

Você pode iniciar o processo de autonomia da criança:

  • Limitando as opções
  • Oferecendo apenas duas opções para que ela escolha
  • Dando as orientações necessárias 

Assim a criança começará a entender que ao optar por uma coisa, automaticamente terá que abrir mão de outra. Isso gera inúmeros aprendizados à criança e, esses aprendizados serão um legado para toda a vida.

4- Encoraje a criança

O medo é um mecanismo de defesa do corpo humano. É por meio dele que os seres humanos entendem até que ponto é seguro prosseguir com determinada ação. Mas é certo que o medo é também um grande limitador e acaba por gerar uma estagnação prejudicial às pessoas. 

Isso acontece porque estamos acostumados a nos limitar à partir do medo. Quando os pais são superprotetores demais, a criança cresce envolta neste medo que, em grande parte é causado pelo amor e a vontade familiar de cuidar da criança. Mas o que os adultos precisam entender é que este excesso de cuidado é prejudicial ao desenvolvimento infantil.

Os adultos precisam encorajar as crianças e gerar nelas uma autoestima. Você pode começar a encorajá-las: 

  • Dando espaço para que a criança se expresse 
  • Mostrando que a entende
  • Ouvindo suas questões pessoais
  • Permitindo que ela tome suas próprias decisões
  • Respeitando suas escolhas
  • Estando sempre ao seu lado para oferecer ajuda

5- Adapte os ambientes

Já imaginou morar numa casa em que todos os móveis e espaços são em miniatura? Pense agora como seria limpar, lavar, cozinhar, dormir e cooperar com as atividades diárias desta casa? Complicado, né? 

As crianças passam por algo parecido quando tentam participar mais autonomamente da rotina familiar. Um ponto importantíssimo para o estímulo da autonomia da criança é proporcionar ambientes adaptados ao tamanho delas. 

O método Montessori, criado pela médica e educadora Maria Montessori, acredita que é necessário adaptar os ambientes para a criança ser mais autônoma. Por isso, tente modificar algumas áreas da sua casa para que a criança tenha uma maior facilidade no desenvolvimento de sua autonomia. Você pode: 

  • Colocar os utensílios de cozinha que ela irá usar na parte de baixo do armário
  • Arrumar suas roupas do dia a dia em gavetas mais baixas para que ela tenha fácil acesso
  • Criar mini escadas para que ela consiga subir e descer na própria cama sozinha
  • Usar mini escadas para que ela consiga alcançar a pia do banheiro e a pia da cozinha

E aí, gostou das dicas? Compartilhe este artigo com um educador!!!

Por: Amanda Guimarães

Comentários

  1. Nao se esqueca que o comportamento que a crianca tem na escola ou em qualquer outro lugar e o reflexo dos habitos que se tem em casa. Nao da para exigirmos que a crianca tenha autonomia e responsabilidade com os estudos em sala de aula, por exemplo, se em casa ela nao tem os estimulos adequados para desenvolver estas habilidades.

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