Por Carine Pinto
O Analfabetismo Funcional é um dos grandes desafios a serem vencidos pela educação no Brasil. É considerado um analfabeto funcional a pessoa que reconhece os símbolos do alfabeto e alfanuméricos, mas que não consegue processar o conteúdo, realizar a compreensão textual, assim como não consegue executar operações matemáticas simples.
Esse grande desafio precisa ser combatido em duas frentes: a educação continuada de jovens e adultos que se enquadram nessa categoria e a melhora na Educação Infantil e Fundamental Anos Iniciais, evitando que os alunos dessa faixa etária hoje se tornem analfabetos funcionais no futuro. Neste artigo, vamos apresentar um programa que auxilia profissionais da educação e escolas em todo Brasil com as crianças.
Questionamentos: como ir além da apresentação dos símbolos?
Como trazer sentido, apropriação e identidade na escrita para a sala de aula? Será que apenas apresentar a criança ao objeto livro, fazê-la ver os símbolos, as levará a entender o universo das letras? Será que iniciarmos a escrita por cópias das letras soltas é o melhor caminho? Ou ainda levar a criança a um espaço enorme cheio de livros a fará entender ou desejar ler e escrever?
Vamos pensar juntos sobre isso!
Não faria muito mais sentido se ela tivesse apropriação real daquele objeto ao desenvolver um? Essa é a proposta do programa SuperAutor! Materializar o processo de compreensão dos símbolos em sentenças, lógicas, em uma história coesa e conectada.
O SuperAutor aplicado em sala de aula tira o aluno da posição de receptáculo do conhecimento e o coloca numa posição de protagonista do próprio aprendizado. Afinal, para concluir seu próprio livro, ele precisará desenvolver uma história, a partir de suas experiências e conhecimentos adquiridos previamente, precisará, verdadeiramente, decodificar os símbolos alfanuméricos.
O programa SuperAutor faz com que a criança entenda que a sua história e fala estão representadas por detrás de um livro! Faz perceber que esses símbolos organizados constroem o que ela falou audivelmente. Faz com que a criança compreenda que aquele objeto tem o registro de sua fala/história. E quem manusear o objeto e souber ler esses símbolos saberá o que ela disse. Com isso, a criança terá maior identificação com a escrita e leitura! O letramento será mais efetivo! E o uso das letras não será por cópias. Pois, foi estimulada a um interesse em se expressar pela escrita e ler o que outros podem lhe dizer! Rompendo assim com o analfabetismo funcional!